10 de agosto de 2010

Em Roma sê romano - Parte I: À chegada

Acerto as horas no relógio para a hora local. A viagem tinha durado o tempo suficiente para não chegar a pensar que já estava há demasiado tempo no ar. Estávamos em terra. Levava o suficiente para passar pelo pormenor de desejar que da próxima vez traria uma mala mais pequena. 30 minutos de percurso entre o aeroporto de Fiumicino e a maior estação de metro e comboios de Roma (e da Europa!): Termini; Mais 20 minutos de percurso entre a estação de metro e o hotel que me fizeram perceber que tomámos a saída de metro mais distante e perigosa: A saída principal ficava a apenas duas passadeiras do hotel. Acabava de chegar a Roma e já pensava que afinal o meu país era mesmo bonito, limpo e confortável.


O metro de Roma congestiona a qualquer hora do dia e o uso desta parca, mas até útil, rede de transportes, mostrou-me que a noção de banho não existe na cabeça da maioria dos seres que por lá anda. Culpo, a par com o intenso calor, a engenhosa "técnica do labirinto" que está genialmente aplicada nesta estação de metro: Um extenso percurso, composto por um intrincado amontoado de escalas (algumas não-rolantes), curvas e contracurvas, até ao simples validar dos tickets, induz o utente no erro de estar próximo do local de embarque dali a menos de um passo. Ele que se prepare para mais umas quantas escadas e labirintos.

No meio de tanta caminhada procurei furiosamente um caixote do lixo para deitar fora um papel que levava na mão. Encontrei-o finalmente na casa-de-banho do quarto do hotel.

A minha primeira impressão de Roma ficava assim definida: Suor, muita marcha e uma percentagem mínima de recipientes para o lixo.

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